O golpe empresarial-militar de 1964 ocorreu em 1º de abril e a ditadura procurou passar a ideia que o golpe foi em março, e não em abril de 1964, em função do primeiro de abril ser o Dia da Mentira.
Até 1985, nossa história foi marcada por prisões arbitrárias, tortura e assassinatos. Esta tradição autoritária dos órgãos de segurança não desapareceu com a volta ao Estado de Direito burguês.
Essa ditadura empresarial-militar de 1964 criou toda uma estrutura empresarial para financiar torturas, assassinatos e desaparecimentos de militantes dos movimentos sociais e de partidos de esquerda, principalmente comunistas. Nossas polícias militares foram transformadas em força auxiliar das Forças Armadas, passando a agir como uma força de ocupação e não como auxiliar da população. As autoridades foram e continuam coniventes com os maus policiais e mesmo após o fim da ditadura a estrutura de repressão não foi desmontada, e as chacinas continuam como prática comum em todo o Brasil.
A Baixada Fluminense tem sua história marcada pela violência desde os tempos coloniais, quando os índios de nossa região foram exterminados e criou-se uma cultura de violência, articulada com o poder local desde os tempos da ditadura para desarticular as classes humildes e isolar os dominados, para melhor servir aos donos do poder.
Os que mais sofrem com a violência são os mais pobres, com a eterna briga entre os agentes do Estado burguês e o soldado do comércio varejista de drogas, até porque o verdadeiro traficante não mora nos bairros pobres e sim nos condomínios de luxo.
A chacina da Baixada Fluminense (que completou oito anos) é apenas uma entre muitas tragédias ocorridas contra as classes trabalhadoras na sociedade capitalista. Chega a ser ridículo ou ilusório achar que podem acabar com a violência e a truculência do Estado burguês apenas realizando reuniões em conselhos de segurança, pedindo paz sem irem à raiz do problema.
Nossa solidariedade às vítimas da chacina da Baixada e a tantas outras como a de Vigário Geral, São Bernardo, Eldorado dos Carajás as quais podemos colocar na conta dos crimes do capitalismo.
Pela abertura dos arquivos da ditadura e punição para todos os assassinos, pela divulgação dos nomes e fotos dos envolvidos nos crimes contra a população indefesa e desarmada.
A população tem todo o direito de reagir até através do direito a autodefesa contra as forças do capital.
Vamos juntos construir o PODER POPULAR e avançar rumo ao Socialismo!
Nova Iguaçu, 10 de abril de 2013
Partido Comunista Brasileiro-PCB
Comitê Municipal - Nova Iguaçu
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